Ministério da Saúde assegura dispositivo para cuidado da pessoa com transtorno do espectro autista

Com o intuito de garantir a assistência integral e de qualidade para indivíduos com transtorno do espectro autista (TEA), o Ministério da Saúde adota a escala M-Chat (Modified Checklist for Autism in Toddlers) como uma ferramenta fundamental para o diagnóstico. A recomendação é que sua aplicação seja combinada com a orientação de um profissional de saúde, garantindo intervenções apropriadas para os casos identificados.

O teste consiste em um questionário no qual pais e responsáveis podem identificar possíveis sinais de TEA, respondendo a uma escala de perguntas de sim ou não juntamente com um profissional de saúde. As perguntas foram elaboradas com base em sintomas comuns em crianças com autismo.

A Caderneta da Criança, um instrumento utilizado em todo o país para promover a saúde infantil, visa incentivar o diagnóstico precoce do TEA. O documento online disponibilizará a M-Chat. Além disso, o aplicativo ‘Meu SUS Digital’ ampliará o uso da caderneta, possibilitando o compartilhamento de informações sobre o prontuário entre profissionais de saúde e os responsáveis. Isso busca agilizar o atendimento e o diagnóstico precoce de condições de saúde de forma integral.

Investimentos e Capacitação de Profissionais

Em uma iniciativa conjunta para melhorar o atendimento e diagnóstico do TEA, a Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde está qualificando 15 mil profissionais que fazem parte do programa Mais Médicos. A mesma capacitação será oferecida pela Universidade Aberta do SUS aos profissionais das equipes multiprofissionais em todo o país. Isso reconhece a importância da Estratégia de Saúde da Família na identificação e acompanhamento de pessoas com TEA.

Em 2023, o transtorno do espectro autista foi incluído na Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência. Esse reconhecimento foi acompanhado por um investimento de mais de R$ 540 milhões na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD) para expandir e aprimorar os serviços disponíveis.

No ano passado, os Centros Especializados em Reabilitação (CER) que atendem pessoas com TEA na modalidade intelectual receberam um aumento de 20% no financiamento mensal, como parte dos esforços para fortalecer a rede de atenção.

O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com 300 Centros Especializados em Reabilitação em todo o país, oferecendo serviços especializados para o TEA, incluindo avaliação e acompanhamento multiprofissional.

*Ministério da Saúde*